Presidente César Gaviria Trujillo – co-presidente (Colômbia)

César Gaviria é muito conhecido pela sua trajetória como Presidente da Colômbia (1990-1994) e como Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos, OEA (1994-2004). Como presidente realizou um amplo processo de reformas econômicas que incorporaram a Colômbia à economia internacional, o que permitiu que seu governo presenciasse um excepcional período de crescimento e prosperidade. O ex-presidente Gaviria se formou em Economia na Universidade dos Andes de Bogotá. Foi membro da Câmara de Representantes de Colômbia – da qual foi também seu Presidente. Foi também jornalista e colunista do jornal La Tarde de Pereira e do El Tiempo de Bogotá. César Gaviria foi condecorado com títulos Honoris Causa por varias universidades da América Latina e dos Estados Unidos. Atualmente é Diretor Nacional do Partido Liberal Colombiano e é membro da Comissão Assessora de Relações Exteriores de Colômbia, onde pôs em prática seus bons ofícios e conselhos visando à superação dos últimos incidentes diplomáticos entre o governo colombiano e outros governos da região andina.

Presidente Ernesto Zedillo Ponce de León – co-presidente (México)

Ernesto Zedillo Ponce de León estudou em colégio público e logo graduou-se em Economia pelo Instituto Politécnico Nacional em 1972. Seguiu carreira acadêmica lecionando no mesmo instituto em que se formou até 1974, quando iniciou seu curso de mestrado e PhD na Yale University.Em 1978 foi convidado a trabalhar como pesquisador no Banco de México, o banco central mexicano, para em 1982 ser contratado como subgerente. Iniciou uma trajetória de ascensão que o levou à presidência em 1994. Tendo como marca a modernização da economia mexicana e a luta pelos valores democráticos, Zedillo governou por seis anos sem presenciar maiores perturbações ou períodos de instabilidade política.Desde que deixou o governo mexicano, Zedillo tem se dedicado aos estudos sobre globalização, sendo professor e diretor do Centro de Estudos da Globalização em Yale. Também trabalhou junto a ONU diversas vezes. É membro da Comissão de Comércio do Projeto do Milênio.

Fernando Henrique Cardoso foi Senador, Ministro das Relações Exteriores, Ministro da Fazenda e Presidente do Brasil por dois mandatos (1995 – 2002). Doutor em Sociologia e professor da Universidade de São Paulo, foi presidente da Associação Internacional de Sociologia e professor visitante nas universidades da Califórnia, Berkeley, Collège de France, Paris, Stanford, Cambridge, Paris-Nanterre, FLACSO, ILPES e CEPAL, em Santiago do Chile. Dentre suas funções mais recentes, destacam-se a presidência do Club de Madrid (2003/06), do Painel da ONU sobre Relações com a Sociedade Civil (2003/04) e do Painel da ONU para Revitalização da UNCTAD (2005/06). Presidente do Instituto Fernando Henrique Cardoso, foi professor-at-large no Watson Institute for International Studies, Universidade de Brown, USA.

Ana Maria Romero de Campero (Bolívia)

Nascida em La Paz, Ana Maria Romero de Campero fez do jornalismo sua vocação. Foi repórter, redatora, cronista, correspondente internacional, colunista e diretora do jornal Presencia por sete anos. Entre outras menções ao longo dos seus 30 anos de carreira de jornalista, recebeu o Prêmio Nacional de Jornalismo, o Prêmio da Fundação Balliván, a medalha Bautista Saavedra pela Defesa dos Interesses Públicos, a medalha do Sindicato de Trabalhadores da Imprensa pela sua defesa da Democracia em 1979 e a medalha do Governo Constitucional Interino do qual fez parte. Foi designada pelo Congresso como a primeira Defensora do Povo da Bolívia (1998-2003). Seu trabalho nesta área lhe valeu reconhecimento em seu país e no exterior. Entre estes últimos, a candidatura ao Prêmio Nobel da Paz de 2005 junto à 1000 outras mulheres ao redor do mundo; à Legião de Honra da França e o Prêmio da Fundação Alemã Bartelsmann por sua contribuição à Democracia e ao Estado de Direito. Foi co-fundadora e presidente do Círculo de Mulheres Jornalistas, da Associação de Jornalistas de La Paz y da Associação Nacional da Imprensa. Foi também Secretária Geral da UCLAP e Vice-presidente da Federação Internacional de Jornais. Foi co-fundadora e a primeira Presidente do Conselho Andino de Defensores do Povo. Desde 2004 dirige a Fundação UNIR Bolívia (www.unirbolivia.org). Trabalha na construção da paz através de iniciativas no Diálogo, Negociação Pacífica de Conflitos, Informação e Deliberação. Publicou “Ni Todos ni Tan Santos, crônicas sobre o poder”, “País Íntimo” e “Cables Cruzados” (Romance).

General Alberto Cardoso (Brasil)

O General Alberto Cardoso foi Ministro Chefe do Gabinete Institucional da Presidência do Brasil. Comandou o serviço de informações, articulou a política de segurança pública e foi o encarregado pelo combate ao narcotráfico, além de assessorar o Presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi também o responsável pela segurança do Presidente.

Antanas Mockus (Colômbia)

Ex-prefeito de Bogotá, Antanas Mockus foi eleito popularmente em dois períodos: 1995-1997/2001-2003. Atualmente é presidente da Corporación Visionários por Colômbia (Corpovisionarios); organização sem fins lucrativos criada para trabalhar em políticas públicas especialmente voltadas para consolidar e transformar comportamentos da cidadania. Ex-Reitor da Universidade Nacional da Colômbia 1991-1993. Ex-Vice-Reitor Acadêmico da Universidade Nacional 1988-1991. Professor e pesquisador da Faculdade de Ciências da Universidade Nacional da Colômbia desde 1973. Fez mestrado em Filosofia pela Universidade Nacional, 1988, e Mestrado em Ciências Matemáticas na Université de Dijon, na França em 1972. Foi diretor do Grupo Federici de investigação em educação e epistemologia criado nos anos 70, na Faculdade de Ciências da Universidade Nacional de Colômbia. Professor convidado da Universidade Harvard Robert F. Kennedy Visiting Professor no David Rockefeller Center for American Studies no segundo semestre de 2004. Pesquisador visitante do Nuffield College da Universidade de Oxford durante o primeiro semestre de 2005. Doutor Honoris Causa da Universidade Nacional de Colômbia, em Setembro de 2006.

Diego García Sayán (Peru)

Diego Garcia Sayán graduou-se em Letras e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Peru. Tem uma longa carreira profissional na academia e na política. Atualmente é Juiz e Vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos. É também membro do Grupo Nacional da Corte Permanente em Arbitragem de Haia. Durante a transição democrática no Peru (2000-2001) foi Ministro da Justiça do Presidente Valentin Paniagua. Logo tornou-se o Ministro de Relações Exteriores. Foi também membro do Congresso da República do Peru e desempenhou missões como Secretário das Nações Unidas para o Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos. Foi professor universitário no Peru e professor visitante na Université de Parii III. Autor de várias publicações sobre assuntos internacionais, jurídicos e também referentes à problemática do narcotráfico.

Enrique Krauze (México)

Enrique Krauze graduou-se em 1969 em Engenharia Industrial pela Universidad Nacional Autónoma de México, logo se formando doutor em História no Colégio de México. Desde então, seguiu carreira acadêmica como docente e, simultaneamente, se dedicou à pesquisa, passando pelo Colégio de México e St. Anthony’s College, Oxford.De 1977 até 1996 trabalhou na revista Vuelta, onde chegou a ser subdiretor em 1981. De 1977 a 1996 trabalhou na revista Vuelta, onde chegou ao cargo de sub-diretor em 1981. É fundador do Editorial Clío e da revista cultural Letras Libres além de ser membro do Patronato do Instituto Cervantes e do Conselho de Diretores da Televisa. Enrique Krauze tem ampla obra publicada, destacando-se os livros “Caudillos culturales en la Revolución mexicana” (1976), “Biografía del Poder” (1987) e “La Construcción de la Democracia” (2000).

Enrique Santos Calderón (Colômbia)

Jornalista colombiano,formou-se em Filosofia e Letras na Universidad de Los Andes de Bogotá em 1967, e se especializou em Ciência Política na Universidade de Munique em 1969. Hoje em dia é diretor da Edição Dominical do jornal El Tiempo. É também colunista no mesmo jornal, tendo sido condecorado três vezes com o Premio Nacional de Periodismo durante a década de 1980. Em 1985 recebeu o premio internacional de jornalismo “Rey de España”. Fundou junto a seu colega Gabriel García Márquez e dirigiu a revista semanal Alternativa de 1974 a 1980. Publicou dois livros (La Guerra por la Paz de 1985 e Fuego Cruzado de 1988) sobre o narcotráfico, a guerrilha e o para-militarismo. Foi membro da Comissão de Negociação e Diálogo com a guerrilha entre 1982 e 1986. Atualmente é membro do Circulo de Jornalistas de Bogotá (do qual já foi presidente) e do Comitê de Solidariedade com os Presos Políticos e co-diretor do jornal El Tiempo.

João Roberto Marinho (Brasil)

Atualmente João Roberto Marinho é Vice-presidente do Conselho de Administração e Vice-presidente Editorial das Organizações Globo. É responsável pelo direcionamento estratégico das empresas, por relações institucionais e pela orientação editorial do grupo.As Organizações Globo estão focadas em mídia e entretenimento, possuindo negócios nas áreas de jornais, televisão aberta, TV por assinatura, Internet, publicações, estações de rádio, produção de filmes e discos. É o maior grupo de comunicação brasileiro. João Roberto iniciou sua carreira de jornalista no jornal O Globo, onde exerceu várias funções. Além disso, foi Diretor Geral da Fundação Roberto Marinho, instituição filantrópica dedicada a projetos culturais e à educação. É Vice-Presidente da Associação Nacional de Jornais e da Associação Brasileira de Rádios e Televisão.

Mario Vargas Llosa (Peru)

Escritor, nasceu em Arequipa, Perú, mas passou seus primeiros anos em Cochabamba, na Bolívia e posteriormente em Piura, no Peru. Continuou seus estudos em Lima e entrou na Universidad Nacional Mayor de San Marcos para estudar Letras e Direito. Foi à Madrid para fazer seu doutorado e posteriormente viveu em Paris. Seu livro de contos Los Jefes (1959) ganhou o prêmio Leopoldo Alas, iniciando assim uma brilhante carreira literária, consagrando-se com La Ciudad y Los Perros (1963), livro que ganhou o Premio Biblioteca Breve. Tem publicados inúmeros romances, ensaios literários e políticos, assim como peças de teatro. Escreve a cada quinze dias a coluna Piedra de Toque para o jornal El País (Madrid) e sua obra foi traduzida para mais de trinta idiomas. Foi condecorado com inúmeros Doctorados Honoris Causa concedidos por universidades de grande prestígio em reconhecimento ao seu trabalho literário e sua honestidade intelectual. Recebeu condecorações e prêmios literários como o Premio Príncipe de Astúrias(1986), o Premio Cervantes(1994) e o Premio Jerusalén(1995).

Moisés Naím (Venezuela)

Moisés Naím, venezuelano, é o editor chefe da revista Foreign Policy, baseada em Washington DC, que circula em 175 países e é publicada em 12 idiomas. Após obter seu PhD no Massachusetts Institute of Technology, Naím foi professor e Diretor Acadêmico do Instituto de Estudos Superiores de Administração (IESA) em Caracas. No início da década de 90 foi Ministro do Comércio e Indústria da Venezuela e logo Diretor Executivo do Banco Mundial. Trabalhou como pesquisador no Carnegie Endowment for Endowment for International Peace e foi consultor de governos e organizações multilaterais e empresas privadas. É membro do Conselho Diretor do National Endowment for Democracy, Population Action International e do Grupo dos 50. Suas colunas de Domingo sobre Economia e Política Internacional para o jornal espanhol El País são reimpressas pelos principais jornais da América Latina. Naím é também assíduo colunista do Washington Post, Newsweek, L’Espresso e Los Angles Times. Seu último livro publicado, Ilícito: Como Traficantes, Contrabandistas y piratas están cambiando el mundo, foi traduzido em 18 idiomas e serviu de base para um filme produzido pela National Geographic/PBS, que tem distribuição de escopo mundial.

Patricia Llerena (Argentina)

Patrícia Llerena é juíza da Câmara do Tribunal Oral Criminal da cidade de BuenosAires, Argentina. Atualmente faz parte do comitê de peritos de revisão da lei de drogas na Argentina. Se especializou em temas relacionados à lavagem de dinheiro, crime organizado, delitos econômicos e afins. Trabalhou com subgerente do Banco Central da República Argentina, especificamente na área penal da Gerência Geral. Também foi Assistente Técnica do Programa Mundial Contra a Lavagem de Dinheiro das Nações Unidas.

Paulo Coelho (Brasil)

O escritor brasileiro Paulo Coelho nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Antes de dedicar-se inteiramente à literatura trabalhou como diretor e ator de teatro, compositor e jornalista. Tornou-se um dos escritores mais lidos e queridos do mundo, suas vendas mundiais já atingiram o número de 100 milhões de exemplares vendidos, em 67 línguas e em mais de 150 países. Seus títulos incluem O Alquimista (1988) e A Bruxa de Portobello (2006) entre outros. Segundo a Reuters (3 de Outubro 2003), Paulo Coelho está entre os três escritores mais conhecidos e bem sucedidos do mundo. O escritor recebeu inúmeros prêmios internacionais como o Crystal Award pelo World Economic Forum e a Légion d’Honneur da França.

Sergio Ramírez (Nicarágua)

Sergio Ramírez nasceu em Nicarágua em 1942, Desde jovem se dedicou à Literatura e à vida pública. Formou-se em Direito em 1964 e foi duas vezes Secretário Geral da Confederação Universitária Centroamericana. Lutou contra a ditadura de Anastásio Somoza e, com o triunfo de 1979, fez parte do Conselho Nacional de Governo. Mais tarde foi eleito Vice-presidente do país. Em 1998 recebeu o Prêmio aos Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky em Viena, e o Prêmio Internacional de Romance Alfaguara. É colunista de diversos jornais.

Sonia Picado Sotela (Costa Rica)

Sonia Picado Sotela é membro do Comitê Assessor de Segurança Humana da ONU. Foi presidente do Instituto Interamericano de Direitos Humanos em 2002, Presidente do Fundo Voluntário das Nações Unidas para as Vítimas de Tortura entre 2005 e 2008, Deputada da Assembléia Legislativa (1998-2002) e Presidente do Partido Nacional entre 1999 e 2001. Entre 1988 e 1994 foi Juíza da Corte Interamericana de Direitos Humanos e logo depois Embaixadora da Costa Rica nos Estados Unidos entre 1994 e 1998.

Tomás Eloy Martinez (Argentina)

Tomás Eloy Martínez nasceu em Tucumán e graduou-se após estudos em Literatura pela Universidad Nacional de Tucumán. Seguiu seus estudos na Université Paris VII para, ao retornar à Argentina, trabalhar como crítico de cinema para o Jornal La Nación. Em 1961 publicou pela primeira vez um de seus trabalhos, iniciando então uma longa carreira literária. Lançou obras variando de livros a peças de teatro e roteiros de cinema até 1975, quando teve de se exilar na Venezuela fugindo do regime militar argentino. Manteve sua vida profissional dedicada entre a literatura e o jornalismo até 1984 quando lecionou na Maryland University, nos Estados Unidos. Seguiu sua carreira como jornalista paralelamente aos seus projetos acadêmicos e em 1995 foi nomeado professor pela Rutgers University, onde dirige o programa de estudos latino-americanos. Entre suas obras se destacam a série de contos Lugar Comum la Muerte (1979), La Novela de Perón (1985), Santa Evita (1996) e El Vuelo de la Reina (2002), sendo este último o vencedor do Prêmio Alfaguara de Literatura.